sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Brasil não precisa de usinas nucleares

O governo brasileiro está interessado em aumentar o potencial energético do país e isto é algo benéfico, pois com o rítimo de crescimento que estamos vivenciando é importante que haja uma renovação na infraestrutura e um aumento da capacidade de produção de energia elétrica. Para isso há um orçamento de R$ 30 bilhões e uma contrapartida maior ainda da iniciativa privada que vai lucrar com a construção de usinas geradoras e com a operação de todo sistema de transmissão.
O que é pouco divulgado é que os governantes estão interessados em construir algumas usinas nucleares, uma energia suja e perigosa que fazem questão de dizer que é limpa e segura. As obras para a construção e colocação em funcionamento de Angra 3 já foram iniciadas e há estudos para a construção de pelo menos mais 3 outras usinas em outros estados brasileiros.
Com o dinheiro investido em uma única usina nuclear, poderia ser criado um grande parque eólico na Região Nordeste do Brasil ou mesmo na Região dos Lagos no Rio de Janeiro. Estas duas regiões são comprovadas como sendo as de maior oferta e consistência de ventos, que poderiam ser utilizados para gerar uma grande quantidade de energia elétrica com uma matriz realmente limpa e segura. Outra coisa é a construção de parques de geração de energia solar, pois há sol em abundância em todo país (salvo em algumas poucas regiões mais sujeitas a chuvas, nuvens e neblina, que reduziriam o potencial energético de geração, mas que ainda assim tornariam o projeto viável).
O interessante de dita energia alternativa (energia solar e eólica) é que ela pode ser produzida bem perto do local de consumo, com isso reduzindo o desperdício causado pela transmissão e transformação da energia de outros tipos de geradoras.
Em países mais desenvolvidos tecnologicamente, os governantes incentivam a população a gerar uma parte da energia que consomem com o uso de paineis fotovoltáicos, aerogeradores e aquecedores de água que funcionam com energia solar. Há também casos de cidades estrangeiras que incentivam uma pequena produção comercial de energias alternativas, onde o próprio consumidor gera toda energia elétrica que consome e ainda produz um excedente que é vendido para a companhia distribuidora. Isso reduz o impacto de grandes obras para usinas hidrelétricas e outros tipos de danos causados pela geração.
O que ainda dificulta a própria população no Brasil de produzir uma parte de sua própria energia é o fato de que os sistemas de geração de energia alternativa ainda custam muito caro e mesmo tendo durabilidade maior que 20 anos acabam não compensando pelo seu alto valor. No Brasil ainda não há fabricantes de painéis solares e aerogeradores e como todo equipamento vem de fora o custo fica inacessível. A esperança é que já há algumas empresas importando partes destes sistemas e montando o restante no próprio Brasil e com isso estão conseguindo reduzir um pouco o custo para o consumidor final.
Se você tivesse condições financeiras de gerar a sua própria energia investiria na compra de todo o equipamento ou acha que é melhor usar a rede elétrica pública mesmo ? Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

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